terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Instabilidade.

O título diz tudo. Instabilidade talvez seja minha característica mais aparente. Não que eu seja instável em tudo que eu faça, mas quanto aos meus sentimentos. Um dia eu acordo feliz, e me acontece alguma coisa que acaba com o meu dia, talvez até com mais de um. Mas ao mesmo tempo acontece algo que me agrade, e eu posso acabar me esquecendo do ruim. Às vezes, na maioria delas, não me esqueço, mas ignoro no momento, por ser inoportuno. Penso que isso pode ser tratado como um defeito, por sentir demais. Amar demais, odiar demais, ser tudo em excesso. Lembro-me de quando minha mãe dizia: ‘Filha, tudo em excesso faz mal.’ É uma pena que eu não tenha aprendido isso antes. Talvez seja nesse ponto que eu erro sempre, em confiar demais, acreditar de mais, amar demais, se arrepender demais e no final, sofrer demais. Script que se torna rotina. E hoje esse fardo nas costas enfraqueceu-me os joelhos, e então eu pergunto: Por que eu? Por que comigo? São perguntas sem respostas, becos sem saídas. Infelizmente, me resta então aceitar, e seguir com todos os erros e me preparar para o próximo.

#Mesmo nessa vida errante, eu ainda vou acertar... (a sua cabeça, é claro)

Nothing about love,

because love can destroy one heart.

- and this heart can be your.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Eles existem?

Todas as pessoas em determinados pontos de sua vida, começam a olhar pra trás e relembrar de tudo que passou. Nos últimos dias que se passaram, me deparei com alguns problemas, uns sérios e alguns como quaisquer outros que existem, e então eu comecei a realmente pensar em tudo que eu vivi até hoje, com os meus poucos anos, e percebi que já se passaram tantas coisas na minha jornada, tantos desafios, obstáculos, acertos e erros, que pude dizer pra mim mesma que estou realmente vivendo. Tenho aprendido com todas as minhas falhas, que a vida realmente prega peças em nós, e ao mesmo tempo em que tudo parece dar certo, as coisas podem se virar contra você sem que você perceba, e te levar pra qualquer abismo pra que você aprenda que na vida, tudo são rosas, mas que é necessário saber que nelas existem espinhos. Nas lições que eu carrego hoje nas minhas memórias, eu aprendi que nem tudo acontece de acordo com os nossos planos, e que mesmo quando se tem uma certeza inconsciente, as coisas podem te surpreender. O amor é uma grande prova de tudo isso, porque devido ao fato de ele trabalhar com uma parte mais sensível dos seres humanos, as feridas se tornam mais visíveis. Quando se ouve a palavra amor, se liga sempre às histórias de príncipes encantados e belas princesas, e no que chamam de felizes para sempre. Malditos filmes infantis que fazem garotinhas crescerem com um protótipo de príncipe encantado na sua mente e se tornam grandes frustradas quando vêem que tudo aquilo não passa de uma mentira. Na realidade, não existem príncipes, só sapos. E eles não fazem serenata, não escrevem canções e poemas de amor. Não. De vez enquando, quando cansam do seu egocentrismo, oferecem carinho, te mandam flores, fazem agrados; mas isso, é claro, quando lhes é conveniente. Toda regra possui exceção, mas sinto informar-lhes que os príncipes que existem, hoje já não se encontram disponíveis. No final, fica a dica, até com o sapo, se acostuma. O amor fere, o amor machuca, mas ninguém existe se não existe amor. Não se vive sozinho, não se constrói um lar e uma vida sem o propósito de ter com quem dividir o que se têm. Infelizmente ainda esperamos muito do amor, acabamos por oferecer e, inconscientemente, esperamos receber em mesma quantidade, mas isso não acontece. A lei do mundo em que vivemos é o egocentrismo, onde as pessoas não necessitam de ninguém pra se sentir completo. Cada um nasce completo e quer encontrar seu complemento para se tornar melhor, e se não der certo, faz com que as pessoas sejam descartáveis e elas são automaticamente deixadas de lado. Não existe aquela preocupação com os sentimentos daquele que está do seu lado. Se ele não seguir o seu ritmo e aceitar tudo que você quer pra sua vida, tudo bem, que vá embora. Seguindo basicamente as lendas para uma explicação mais clara, quando os homens matavam dragões para conseguir a mão de uma mulher em casamento, se casavam e então ele percebia que era muito fácil dar carinho, afinal, ele teve de matar um dragão para inicialmente se casar. E hoje? Hoje onde basta ter um buquê de rosas vermelhas e um par de alianças na mão para pedir alguém em casamento, fazendo que cheguem à conclusão de que oferecer amor é algo muito complicado de se doar. Ou o mundo se diferenciou demais de tudo aquilo que meus avós contaram, ou eu realmente nasci na época errada.

#Não se vive de amor, mas sem ele, não existe vida.