Não que alguém precise acreditar, ou ao menos pensar que possa ser verdade todos os meus sentimentos. Não devo nada pra ninguém quando o assunto é sobre minha intimidade. Mas também nunca precisei mentir sobre o quanto é doloroso a dúvida explícita.
É engraçado, quando você passa seis meses com a cabeça "virada" em meio à um turbilhão de coisas, que envolvem sua vida pessoal e sua família, colocam seu futuro em jogo e os seus sentimentos, e quando consegue tomar uma decisão, viu que foi a errada. Você pensa por seis meses, e no final de tudo, vê que pensou errado.
Eu sempre soube que eu tinha que me decidir logo, que as coisas estavam ficando cada vez mais difíceis. Era muita coisa pra mim. Acontece que mesmo que eu me cobrasse por um lado, por outro eu me deixava tempo pra pensar, porque eu sabia que eu merecia esse tempo. Eu nunca tinha pedido pra que fosse assim, pra que tudo isso tivesse acontecido.
Por muito tempo eu me pressionei, até não aguentar. Eu tinha muita coisa pra pensar, pra raciocinar. E ninguém, se não eu mesma, poderia me ajudar. Meus estudos, minha família, minhas amizades, meus sentimentos: era necessário conciliar tudo. Naquele momento, era difícil pra mim, mas pra quem está de fora, é tudo tão mais fácil, tudo tão melhor. Por quê não me jogar contra a parede todos os dias um pouco mais?
Chega um ponto em que, acredito eu, ambos se cansam. Desistem de lutar, de sonhar pelo que sonhavam juntos. E é isso que aconteceu com aquele que eu ainda amo. Mas de quê adianta, quando o amor não é suficiente? Se relacionar vai muito além de amar. É compreender.
Numa quarta-feira, nosso último diálogo. Discutimos, talvez até por bobeira, mas no meu auge momentâneo, eu sei que precisava daquilo. A falta de compreensão de novo foi presente, em ambos. Precisávamos de tempo pra esfriar a cabeça.
No dia seguinte, quinta-feira, eu liguei. Precisava pedir desculpas por ter me exaltado, e contar todas as novidades que não queria mais guardar pra mim. Estava tudo decidido. Eu sabia que era com ele que eu queria ficar, e que mesmo que não desse certo, eu queria tentar de novo. Ele não quis conversar, disse que me ligava depois.
Hoje fazem três dias que eu espero a ligação, mas já não sei se tomei a decisão certa.
domingo, 4 de agosto de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
:(
Tudo está estranho. Digo os sentimentos, o relacionamento
que deveria existir, mas não existe de fato, o amor que deveria existir e se
esvai aos poucos, o carinho que não se encontra mais presente nas atitudes do
dia-a-dia. Mas mesmo com tudo que se
passa, mesmo com toda a estranheza que me afeta quando me levanto e quando me
deito, não nego que o sentimento existe. Ele está presente em mim, e não sei
dizer se quero que ele saia.
Machuca a dor de querer algo e já não saber se aquilo te faz
bem ou mal. Sabe-se que por um bom tempo, foi o que te fez sentir-se a melhor
pessoa do mundo, e que a partir da existência de tal, criaram-se planos, sonhos
e afins. Mas, e agora? Agora que não
está mais presente de fato na sua vida, não se encontram diariamente, não se
conhecem por inteiro. Como planejar algo? Eu nem sei mais a sua bebida favorita
ou a camiseta que você mais usa. Fecho os olhos e me lembro com carinho de
você. Tivemos bons momentos, apesar de nunca termos tido esses momentos de
fato. Mas mesmo assim, todos eles do seu lado, foram inesquecíveis. Até mesmo aquilo que não vivemos foi especial,
porque sonhar com você, sonhar os nossos sonhos, foi especial. Ter uma pessoa
como você do meu lado durante tanto tempo, foi algo que não se esquece, porque
isso é seu. Você é assim: engraçado e sério, doce e amargo, sincero e
mentiroso, quente e frio, tudo em seu devido momento, tudo em sua devida
quantidade. E é isso que faz de você alguém melhor, alguém que eu quis ter do
meu lado por tantos anos.
Vez ou outra, me pego pensando em como seria se não tivesse
acontecido nada do que aconteceu. Aquela eterna melancolia, do “e se”. Milhares
de perguntas na minha mente, no coração, fazem com que eu voe pra qualquer
lugar distante, em um lugar onde só existem possibilidades, onde tudo começa e
nada termina. E se tivéssemos só discutido e você não tivesse perdido a cabeça
e jogado tudo fora? E se a vida tivesse preparado outro desfecho pra nós dois,
pra essa história tão bonita? E se tivesse existido mais coragem?
Sobreviveríamos? Seríamos tão felizes quanto sonhamos?
Fizemos o melhor que podia ser feito. Jovens demais pra
fazer algo além do que conseguimos. Além disso, seria um grande passo, fazer
algo maior pra darmos certo. Você não teria coragem. Seria necessária uma
reviravolta na sua vida, com obstáculos, e você não se sentiria confortável, eu
te conheço. Nunca te disse o quanto senti raiva, da sua covardia. Do quanto me
senti traída, com a sua desistência. Parecia que jogávamos xadrez. E você
abandonou a partida sem nem sequer mexer uma única peça no tabuleiro. Doeu. Como
as inconformadas, persegui você, de forma muda nas redes sociais. Seguia cada
passo seu, e a cada sorriso, aquilo me machucava mais. Quando você consegue
perceber que sua ausência não provoca dor em alguém, são sensações
inexplicáveis, acredite.
Afastei-me. Decidi parar de promover meu próprio sofrimento.
Sou contra autoflagelação, porque provocava tanta dor em mim mesma vendo você
viver sua vida, enquanto a minha continuava ainda por você? Segui. Até que
pouco tempo depois, você voltou. Quis voltar. Sabe o que é isso pra alguém?
Sabe qual é a sensação? Aposto que não consegue entender. Mas não te cobro
muito, até porque a culpa é minha. Eu quem deixei que você fosse assim comigo.
Hoje, não sei o que fazer com o que sinto. Sei que
sentimentos por você são sinceros dentro de mim, e que existem de forma plena e
real. Porém, são diversos fatores que dizimam nossas chances. Às vezes penso em
como seria bom, voltar a ter você nos fins de semana, assistindo filmes na
sala, abraçados. Mas não entro mais em um jogo pra me ferir. Não me disponho a
sofrer, a me machucar. Tempo eu já dei demais, pra mim mesma pensar no que
fazer, e em como fazer. Sei que te amo, e que nunca deixei de te amar, porém,
depois de tanta dor, eu ainda não sei se a nossa história ainda consegue ter um
final feliz.
# These five
words in my head scream: “are
we having fun yet?”
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Oceano.
A minha rotina, por mais badalada que eu tenha à transformado desde o dia que você se foi, parece uma doença crônica. Sinto uma saudade oceânica dos nossos sábados normais e românticos, mesmo que ás vezes solitários, mas eram os nossos sábados, nos quais eu tinha você do lado pra abraçar e me sentir abraçada. Neles, incontáveis vezes eu te fiz dormir no meu colo, ou até mesmo na minha cama, quase nossa, e antes de sair, te cobri e me certifiquei de que você estava no ápice do seu conforto, para que nada nunca lhe faltasse. Das pizzas de domingo, nunca mais provei. É a única comida que quanto mais mastigo, mais vazia me deixa. Já me acostumei a deitar a cabeça no travesseiro e espantar o meu sono com as minhas lembranças. Impossível esquecer aquelas trocas de olhares, os abraços que tantas vezes me fizeram tão bem. Inexplicavelmente você deixou um vazio dentro de mim que ninguém jamais será capaz de preencher. Você não deveria ter partido. Afinal, e as promessas? Os nossos planos? É como plantar uma flor e não voltar pra regá-la. É como levar um filho na escola e não voltar pra buscá-lo. Não tive coragem de apagar as mensagens no celular ou rasgar as cartas que recebi. Em dias como esse, releio e consigo notar o quão tolo fomos, em acreditar que duraria. Você tão imaturo, e eu tão insegura. Não devíamos ter acreditado naquela frase de que "os opostos se atraem". Queria saber como você está, e como tudo tem acontecido na sua vida. O tempo tem passado tão depressa desde que paramos de nos falar, e eu já nem sei mais qual é a sua música preferida, ou a camisa que você mais gosta de usar. Ainda me frustro quando ouço o telefone tocar, na ânsia de que seja você. Não, nunca é. Depois de tanto tempo juntos, hoje é o primeiro dia 29 que eu não vou te ligar. Mas a falta que você faz é evidente. Eu sinto sua falta, mas me conformo, porque com o tempo a gente cresce e aprende que o que não é pra dar certo, não dá certo mesmo. Eu ainda te amo, mas não importa mais, é melhor continuarmos assim. Não é uma declaração ou um pedido pra voltar, mas sim um desabafo de que sinto sua falta.
sábado, 6 de outubro de 2012
Until the end.
Mas o tempo todo, eu sei que é você. E que por mais que as coisas fiquem um pouco desajustadas de vez enquando entre nós
dois, não há nada que me faça tão bem. E se eu olho por todos os cantos
por onde eu passo, existe um pedaço de você
ali. Seja aqui nessa cadeira que eu estou sentada agora escrevendo pra você, na
cama onde eu durmo, em meio ao meu edredom, no meu travesseiro, nos milhares de
ursos que você me deu (que não saem de cima da minha cama), em cada canto do
meu quarto, e em cada canto dessa casa, fica um pedaço de você. Em cada parte
dessa casa, me resta uma lembrança sua, resta um ultimo toque seu. Todas as vezes que você vai embora
e me deixa aqui, eu deito na minha cama e me enrolo no edredom que você dorme
(que agora é seu já, né...) e não tem como, não sentir o seu cheiro, e não morrer de saudade a cada trinta segundos. Você me fez sentir de
novo o que eu já não me importava mais, meu amor. E agora, tudo que eu
quero é estar com você, ser feliz e te fazer feliz. Esse amor que eu sinto, e que
você me fez sentir, foi o melhor sentimento que alguém já despertou em mim.
#E todos os dias, eu vou lhe agradecer por
me amar.
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