domingo, 4 de agosto de 2013

Três.

Não que alguém precise acreditar, ou ao menos pensar que possa ser verdade todos os meus sentimentos. Não devo nada pra ninguém quando o assunto é sobre minha intimidade. Mas também nunca precisei mentir sobre o quanto é doloroso a dúvida explícita.
É engraçado, quando você passa seis meses com a cabeça "virada" em meio à um turbilhão de coisas, que envolvem sua vida pessoal e sua família, colocam seu futuro em jogo e os seus sentimentos, e quando consegue tomar uma decisão, viu que foi a errada. Você pensa por seis meses, e no final de tudo, vê que pensou errado.
Eu sempre soube que eu tinha que me decidir logo, que as coisas estavam ficando cada vez mais difíceis. Era muita coisa pra mim. Acontece que mesmo que eu me cobrasse por um lado, por outro eu me deixava tempo pra pensar, porque eu sabia que eu merecia esse tempo. Eu nunca tinha pedido pra que fosse assim, pra que tudo isso tivesse acontecido.
Por muito tempo eu me pressionei, até não aguentar. Eu tinha muita coisa pra pensar, pra raciocinar. E ninguém, se não eu mesma, poderia me ajudar. Meus estudos, minha família, minhas amizades, meus sentimentos: era necessário conciliar tudo. Naquele momento, era difícil pra mim, mas pra quem está de fora, é tudo tão mais fácil, tudo tão melhor. Por quê não me jogar contra a parede todos os dias um pouco mais?
Chega um ponto em que, acredito eu, ambos se cansam. Desistem de lutar, de sonhar pelo que sonhavam juntos. E é isso que aconteceu com aquele que eu ainda amo. Mas de quê adianta, quando o amor não é suficiente? Se relacionar vai muito além de amar. É compreender.
Numa quarta-feira, nosso último diálogo. Discutimos, talvez até por bobeira, mas no meu auge momentâneo, eu sei que precisava daquilo. A falta de compreensão de novo foi presente, em ambos. Precisávamos de tempo pra esfriar a cabeça.
No dia seguinte, quinta-feira, eu liguei. Precisava pedir desculpas por ter me exaltado, e contar todas as novidades que não queria mais guardar pra mim. Estava tudo decidido. Eu sabia que era com ele que eu queria ficar, e que mesmo que não desse certo, eu queria tentar de novo. Ele não quis conversar, disse que me ligava depois.

Hoje fazem três dias que eu espero a ligação, mas já não sei se tomei a decisão certa.

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